Os meus pais separaram-se quando eu ainda era nova. Foi nessa altura que tive de começar a decidir com quem queria passar o natal e a passagem de ano...
Por uma questão de bom senso, e para que todos ficassem contentes, decidi que faria um ano com um e um ano com o outro. Mas isso implicava não passar o natal e a passagem de ano com o meu irmão, já que ele também fazia à vez, ao contrário de mim, para que os nossos pais tivessem sempre um dos filhos com eles nessas datas.
Quando o meu irmão tirou a carta de carro surgiu a ideia de irmos passar o natal com a minha mãe e, um pouco depois da meia noite, irmos para casa do meu pai. A primeira vez que fizemos isso foi maravilhoso... lembro-me de ter pensado que o pesadelo tinha, finalmente, terminado! Agora o meu irmão vive em Inglaterra, mas eu mantive esse ritual.
Pois bem, este ano o meu primo (filho da irmã da minha mãe) convidou-nos para irmos passar o natal para casa dele, no Algarve, onde vive com a namorada. Ele, ela, os meus tios, a minha prima, os pais dela e... nós. E nós se aceitarmos o convite.
E passados anos e anos instala-se novamente a sensação de ansiedade vivida aos 8 anos, quando tive de decidir pela primeira vez com qual dos pais queria passar o natal...
Coloquei a hipótese de não ir para o Algarve e ouvi logo a minha mãe "se tu não fores eu também não vou" e "se tu não fores eu tenho de ficar em Portalegre sozinha". E a pressão fica toda nas minhas costas. Toda. Com tudo isto ainda não falei com o meu pai... já sei que também vai ficar chateado.
Belo natal ã?
Namastè
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
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