Num destes dias uma amiga minha puxou um assunto interessante e que, se formos a ver bem, atravessa as nossas vidas constantemente.
Todos nós temos um ou mais amigos que nos preocupam, ou porque não estudam para acabar o curso, ou porque se estão sempre a queixar que não têm dinheiro porque o gastam sempre em bebida ou droga, ou porque não conseguem não sair à noite num dia da semana que seja, ou porque não conseguem não beber pelo menos uma cerveja por dia, etc.
Sinto que, para os amigos dessas pessoas, são situações um tanto ou quanto chatas por um lado e delicadas por outro. Pelo menos eu sinto-as assim.
Sou daquele tipo de pessoas que gosta de ajudar os outros, não fosse eu psicóloga. Como tal, se vejo que a situação se arrasta durante muito tempo e já preocupa muita gente, tento falar com o amigo em questão.
Mas a verdade é que, muitas vezes, o amigo nem quer ouvir o que nós temos para dizer, porque sente a nossa preocupação como uma crítica.
E nós calamo-nos a partir daí.
Depois cabe às pessoas saber gerir o silêncio relativo a esse assunto que, quando não gerido, pode dar lugar a um afastamento cada vez mais acentuado.
Por exemplo, eu pedi deliberadamente a um amigo meu que não voltasse a tocar num determinado assunto, já que a única vez que me pediu opinião ficou extremamente chateado. Precisamente porque entendeu a minha preocupação como uma crítica.
E o ciclo vicioso inicia-se. Porque, nessa altura, eu achei muito injusta a atitude dele para comigo e, inconscientemente, afastei-me.
Claro que com o tempo as coisas vão ao sítio quando a amizade é verdadeira :)
Mas cada vez que me deparo com uma situação destas pergunto-me: falo ou fico calada?
Namastè :)
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário