Era uma vez uma rapariga que, aos seus 17 anos, entrou para a universidade. Contra todas as suas expectativas e vontade conheceu uma pessoa que iria mudar a sua vida para sempre :)
Foi na condição mais estranha. Vida universitária, semana do caloiro, praxe.
Estávamos em meados de Outubro de 2001 quando ocorreu a nossa "aula de praxe", o dia em que passávamos de bichos a caloiros e em que ganhámos uma madrinha ou um padrinho. Depois de todo aquele ritual lá fomos todos para casa tomar uma banhoca e preparar-nos para a jantarada que se seguiria.
Jantarada do mais animado que se possa imaginar. Saí do jantar com a minha já madrinha quando nos deparámos com uma trupe. A minha madrinha estava tão bêbeda que nem conseguiu falar com ninguém da trupe... e lá fui eu levada com algumas colegas para passar uma bela noite.
Praxes, conversas, mais conversas. E fizeram-se amizades.
Café puxa café, conversa puxa conversa e eu... apaixonei-me.
Não correspondida, gostei dessa pessoa um ano, sem lhe dar a conhecer tal facto. A dada altura ouvi a frase que ninguém quer ouvir da pessoa que ama: "és a irmã que eu nunca tive".
Lágrimas abafadas na almofada, mas sorriso composto fora de casa, lá fui eu gerindo esses sentimentos da melhor forma. Mas sempre, sempre preenchida, por esse sentimento chamado amor.
Passado um ano, aí sim, contra todas as minhas expectativas, fui correspondida :)
E fui muito feliz durante um ano e alguns meses :)
A vida dá muitas voltas e, no 3o ano da faculdade, decidi ir para erasmus. Como não gosto de despedidas, não lhe disse adeus. Quando cheguei foi ele para erasmus. Desencontrados. Passou-se um ano e mais de meio quando o vi... o meu coração bateu... bateu forte. Mas faria sentido ir falar com ele?
Não falámos... até hoje.
Em Janeiro vi-o no metro em Lisboa. Fiquei tão feliz e tão estupefacta ao mesmo tempo, que a minha reacção foi de apatia... senti-me estúpida quando, depois de descer os quatro lances de escadas do metro da baixa/chiado, percebi o que tinha feito. Ou o que não tinha feito!
Aquele que penso ser o homem da minha vida, e que está a viver na Holanda, passou por mim no metro em Lisboa e eu fiquei sem reacção! Estúpida, burra, parva! Como pode?
Resta-me a memória da imagem do seu sorriso sincero quando passou por mim...
E foram felizes para sempre?
sexta-feira, 15 de maio de 2009
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