Conseguirão as pessoas que sabem o que querem conviver com as pessoas que não fazem a mínima ideia do que querem da vida?
Os meus amigos já me ouviram de certeza dizer a célebre frase: "Detesto gente que não sabe o que quer". Quando esse "não saber" implica a vida de outras pessoas, claro. Caso contrário é deixá-las andar a dar cabeçadas na esperança que acordem um dia destes. Ou talvez não. Porque nem me aquece nem me arrefece. Aí só depende delas, querer (ou não) acordar.
Se há pessoas que sabem o que querem, que sabem para onde e com quem querem ir... estarão essas pessoas dispostas a esperar que dúvidas alheias se dissipem?
Do not think so.
A paciência já nem se esgota... pura e simplesmente não há essa paciência. E não é por mal. Chama-se maturidade e um dia faz intrinsecamente parte do caminho. Às tantas quando damos por nós continuamos naturalmente o caminho, ainda que com o óleo do carro por mudar ou a água por checar. Mas lá vamos andando devagarinho... uns dias avançando mais do que outros... e às vezes parados na berma a apreciar a vista. Mas em paz :)
É a sensação de respirar fundo e sentir paz interior e ao mesmo tempo uma sensação de impotência para com a nossa felicidade. Depois em momentos de lucidez lá nos lembramos que a nossa felicidade só depende mesmo do que vai cá dentro, sendo maior quanto menor for a distância entre aquilo que somos e aquilo que queremos ser.
Se eu estou bem comigo e com o mundo, se sou feliz comigo e com o que sou... Não consigo parar de pensar: Estarei disposta a submeter-me à imaturidade dos outros? Estarei disposta a esperar?
Não, mas inevitavelmente fá-lo-ei. E durante esse processo involuntário serei invadida de tristeza devido à sensação de impotência de nada poder fazer. Não posso obrigar ninguém a seguir determinado caminho, não é essa a minha natureza. A minha natureza é a de lutar pelo que quero e amo de coração aberto, sem farsas, sem filmes, sem orgulhos e sem peixaradas. Just me.
No meio disto tudo penso que há por aí muito boa gente que acha que sabe o que é amar... mas no fundo não faz a mais pequena ideia. Acham que dizer amo-te é tudo. E se calhar até acham que amam. Mas e o verdadeiro amor?
O das borboletas no estômago, do sorriso estúpido em sítios públicos que nos faz parecer loucos, do dormir e acordar a pensar naquela pessoa, do sonhar a dormir ou acordado, o que nos faz crer que aquela pessoa é A pessoa? Saberão o que é? Once again, do not think so. But, that's just me...
Lembro-me daquela frase: "And I'm also just a girl, standing in front of a boy, asking him to love her". Quererei ter de fazer desenhos? No way.
Às tantas o que para uns é tudo para outros é nada. O que para uns é vida, para outros é apenas um jogo... um jogo em que vale tudo porque no fundo não vale nada.
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
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1 comentário:
Tens razão. O amor vende-se ao desbarato. Passou a ser um sentimento capitalizado e sem qualquer valor para certas pessoas. E, quando se torna num jogo, em que consideramos que não temos nada a perder, realmente joga-se muito mais alto. Apostamos o que não temos (os sentimentos dos outros) e tudo não passa de um jogo. A roleta dos sentimentos. bjos
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