quinta-feira, 15 de abril de 2010

Away we go...

Estou apática e, ao mesmo tempo, o meu coração corre a mil e a minha cabeça a dois mil.

Hoje foi daqueles dias em que um filme me tocou a alma. Mas tocou de forma tão sublime que saí do cinema apática, de lágrimas nos olhos e sem conseguir proferir uma palavra.


é um filme que fala de incertezas, medos, indecisões, (i)maturidade (?), escolhas, caminhos, ...
Na maioria dos 365 dias do ano as minhas incertezas, no meu ver, são saudáveis. E dão-me vontade de sorrir. Porque, no fundo, são elas que me movem para onde quero ir, para aquele "lugar" onde vou ter cada vez mais e mais certezas do que quero e do que sou.
Mas há dias, como o de hoje, em que a incerteza bate feio. Porque bate de chapa sem avisar. E tira-nos o chão. Deixa-nos desamparados. Sem sabermos o que pensar ou para onde devemos/queremos ir.
Damos por nós a pensar que já temos determinada idade e ainda não fizemos "nada".
Mas quando paramos para pensar, fica tudo ainda mais confuso. E só queremos dormir e acordar no amanhã.
O que vale é que a maravilhosa banda sonora embala, param mundo mágico, onde tudo parece estar certo.
Namastè

1 comentário:

Anónimo disse...

Um daqueles filmes que me deixou marca, não pela sua complexidade ou genialidade, mas pela simplicidade sublime com que transmite a sua mensagem. Marcou, de tal forma que apenas ao fim de dois dias de "digestão" consigo escrever algo... levou-me a uma reflexão sobre relações, modelos de vida e de família e acima de tudo, reflexão da minha IDENTIDADE. Para mim, a busca constante de algo que possa chamar meu, é o que me afasta e ao mesmo tempo me aproxima da minha identidade. Afasta-me quando procuro algo exterior para acrescentar ao meu "eu", aproxima-me quando encontro algo dentro de mim, que chamo VERDADEIRAMENTE meu. As incertezas que aparecem em muitos momentos da minha vida levam-me frequentemente a procurar respostas no exterior. Escolho frequentemente essas respostas, são as mais simples, as mais fáceis e aquelas com o caminho mais iluminado... mas sempre com uma sensação de vazio. Como me atrevo a responder a uma incerteza do me "eu" com algo exterior... não começou tudo no meu "eu"? Na minha opinião, é esta a reflexão que este filme nos leva a fazer no contexto de uma relação... procuramos tanto um modelo "exterior" que acabamos por anular a nossa genuinidade. Parte só de nós o sentir em casa.
LM